O Nó Górdio

Alexandre corta o Nó Górdio, por Jean-Simon Berthélemy (1743–1811).

Diz-se que em 333 a.C. o general Alexandre e as suas tropas chegaram à Frígia, uma cidade da Ásia Menor, para descansarem. Entretanto enquanto por lá estava ouviu a famosa lenda do nó de Górdio e a profecia que dizia que quem desatasse o complicado e estranho nó tornar-se-ia rei da Ásia Menor. Conta a lenda que o rei de Frígia morreu sem deixar herdeiro e que o Oráculo disse que o próximo rei chegaria à cidade num carro de bois. Foi assim que Górdio foi aclamado rei e, por isso, decidiu oferecer o seu carro de bois a Zeus, o Deus dos Deuses e para se lembrar diariamente da sua humilde origem atou-o com um enorme e complicado nó a um poste em frente do seu palácio. O seu filho e sucessor, Midas, conhecido na mitologia grega por tornar ouro em tudo o que tocasse, trouxe grande prosperidade ao seu reino, mas morreu também sem deixar herdeiro. É então que ouvido o Oráculo este declara que quem resolvesse o nó de Górdio se tornaria o rei de toda a Ásia Menor.

Passaram-se muito anos sem que alguém conseguisse desatar o nó górdio. Intrigado com o facto, Alexandre, o Grande, decidiu ver o que tinha este de especial. Ficou em frente do nó em silêncio e, depois de o analisar, desembainhou a sua espada e de um golpe forte e rápido cortou o nó, tornando-se assim o líder da Ásia Menor. E assim aqui fica um exemplo de como a resolução de problemas exige que as pessoas tenham formas de pensar diferentes e de analisar os problemas por ângulos diferentes.